Foto: Divulgação
Isadora foi encontrada morta no ano passado em Santa Catarina/
O acusado de assassinar a namorada, a santa-mariense Isadora Viana Costa, Paulo Odilon Xisto Filho voltou para a prisão de Imbituba (SC) na tarde desta segunda-feira. Na última sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) cassou a liminar que permitia que ele respondesse o processo em liberdade e expediu um mandado de prisão preventiva contra o oficial de cartório. Ele estava fora do presídio há nove meses.
De acordo com o advogado de defesa do réu, Aury Lopes Júnior, Paulo Odilon se apresentou hoje de forma espontânea e já está no presídio.
- A defesa impetrará amanhã habeas corpus junto ao TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), pois a prisão é absolutamente desnecessária e ilegal, pois não existe justificativa jurídica - afirmou o advogado.
Cinco veículos são recolhidos em Balada Segura deste domingo
Durante o julgamento, que ocorreu na última quinta, o juiz Welton Rubenich, titular da 2ª Vara de Imbituba, explicou que a decisão de prisão preventiva foi mantida após ser revisada em três instâncias (TJSC, STJ e STF). Em 16 de julho de 2018 a prisão preventiva do acusado havia sido decretada pela suposta prática dos crimes de homicídio qualificado, fraude processual, posse de acessório de arma de fogo de uso restrito e coação no curso do processo, bem como pelo descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão. Em 28 de novembro de 2018, o ministro Marco Aurélio concedeu a liminar que determinava a soltura de Paulo Odilon.
O CASO
Isadora morreu em maio de 2018 com 22 anos de idade e o namorado dela, santa-mariense que mora em Santa Catarina, responde na Justiça pela morte da jovem.
Conforme as investigações, o casal se conheceu em Santa Maria em março de 2018. No mês seguinte, o namoro teve início, e Isadora aceitou o convite do namorado para passar alguns dias em Imbituba (SC). Na madrugada do crime, os dois tiveram uma discussão que terminou na morte da jovem. A denúncia aponta que Paulo Odilon era lutador de artes marciais e, por isso, conseguiu imobilizar a namorada, desferindo diversos golpes no abdômen. na versão de defesa de Paulo Odilon, ela teria morrido após ingestão de drogas.
Após o crime, Paulo Odilon solicitou atendimento ao Corpo de Bombeiros, mas não acompanhou Isadora até o hospital. O MP alega que o acusado permaneceu dentro da residência para ocultar provas e dificultar o trabalho de investigação. O acusado só foi para o hospital após modificar a cena do crime. No local, encontrou uma amiga, para quem entregou as chaves do apartamento para que ela retirasse o lençol sujo de sangue que estava em cima da cama.